terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Modelo Baseado na Competência : Uma realidade ainda tão distante

Muito tem se falado em redução de custos na área de saúde, porém será que as ações propostas tem base na análise detalhada dos fatos ?
Primeiro é preciso entender melhor os fatores que influenciam na saúde: escolhas comportamentais 40%, genética e dotação gestacional 30%, circunstâncias sociais 15%, assistência médica 10%, condições ambientais 5%.
É evidente que as pressões atuais exercidas por parte dos clientes, geraram mecanismos que comprometem a qualidade da assistência. Apenas causam ainda mais aumento da sinistralidade e reduzem investimentos em prevenção. Aliado a estes fatos dados da OMC mostram que 60 % das mortes no mundo estão relacionadas a patologias crônicas e nos próximos dez anos 388 milhões não resistirão a estas doenças. Ocorre uma significativa concentração dos custos na assistência sendo que apenas 5 % dos pacientes são responsáveis por metade do total do custo dos planos de saúde e pacientes com múltiplas patologias crônicas (aproximadamente 1% do total da população) são responsáveis por 40% do total dos gastos em saúde. Diante deste cenário é óbvia a necessidade de novos modelos:
- Visão Holística: consciência da necessidade de atendimento integral e multidisciplinar (prevenção + diagnóstico)
- Remuneração por “performance”: protocolos clínicos identificando
indicadores de padrão de tratamento e resultado
- Unidades de prática integrada: aliam gestão como negócio, protocolos clínicos e uso eficiente da tecnologia.

Portanto, há uma urgência no mapeamento da situação atual. As grandes oportunidades para as empresas controlarem os custos em saúde passam, necessariamente, por:
– conhecer “quanto”
– saber “como” e “onde”
– identificar “em que” se gasta

Algumas idéias já estão bem sedimentadas: prontuário eletrônico único, indicadores de desempenho baseados em evidências, foco na orientação dos pacientes, suporte multidisciplinar, resultado compartilhado pelo ciclo completo de atendimento. Resumindo precisamos construir uma relação baseada na competência, não no custo.

Sugiro a leitura do livro "Repensando a saúde" - Michael Porter

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